Capítulo 19
Ao se aproximar do carro, Jorge abriu a porta com presteza.
No instante em que a porta se abriu, Liliane sentiu um arrepio sinistro que saiu de dentro do carro.
Seu coração afundou e, ao mesmo tempo, a voz rouca de William ecoou em seus ouvidos.
– Entre!
Engolindo em seco, Liliane entrou com ansiedade no carro.
Antes mesmo de se acomodar, William ergueu a mão, segurou seu queixo e forçou -a a olhar em seus olhos furiosos, capazes de consumi–la em chamas.
O rosto de William estava carrancudo, e ele rosnou:
– Liliane, você ignorou completamente o que eu disse?
Liliane empalideceu e tentou se explicar.
– William, não é o que parece…
– O que parece? – William a interrompeu. – Liliane, eu só confio nos meus próprios olhos.
A cada palavra, William apertava ainda mais sua mão em seu queixo.
Liliane sentiu dor, as lágrimas se acumulando em seus olhos.
Como ela explicava fazendo William acreditar nela?
O seja, não importava como ela explicava, tudo seria em vão?
Claramente, era tão óbvio que a coisa não era o que ele tinha visto?
William continuou olhando–a com frieza.
Ele esperava que ela se rendesse.
Na noite anterior, ele havia concordado em deixá–la sair sozinha sem a vigilância de Jorge.
No entanto, ela tratou a confiança dele com o quê?
– Fale! – William gritou, sua raiva fazendo Liliane quase perder o fôlego.
–
Com lágrimas nos olhos, Liliane controlou suas emoções e perguntou:
E quanto a você, William?
A testa dele apertou ainda mais.
– William, você está tão bravo devido ao seu orgulho ferido ou sua possessividade aflorando? Enquanto você busca por sua amada, mas ainda me segura com força. Já pensou nos meus sentimentos?
– Sentimentos? – William riu friamente, suas palavras frias como o gelo. –
Liliane, como amante, você não tem o direito de ter sentimentos.
William soltou a mão e a empurrou com força antes de gritar para fora do carro.
– Jorge!
Jorge se apressou a entrar no carro.
–
Sr. William.
– Volte para o Jardim Azul.
–
Entendido.
Ao chegar ao Jardim Azul, William arrastou Liliane para fora do carro.
A dor em seus pés a fez quase cair várias vezes.
No entanto, William a ignorou e a levou direto para cima, jogando–a na cama.
Quando Liliane ergueu os olhos, o imponente corpo de William já estava sobre ela.
Ela sabia o que ele pretendia fazer, mas pensando no bebê que carregava, ela resistiu com todas as suas forças.
– William! Você não pode fazer isso!
A mão longa de William prendeu suas mãos, mantendo–a imobilizada.
Com a outra mão, ele rasgou com raiva suas roupas, declarando:
– Você sabe qual será o resultado se resistir a mim!
Perante a raiva dele, lágrimas escorriam dos cantos dos olhos de Liliane.
Pouco a pouco, ela desistiu de lutar.
Ela estava como um peixe morto, permitindo que ele a consumisse…
Após um cochilo profundo, que durou a tarde toda, Liliane acordou quando
Ela trocou de roupa e abriu a porta. Lucinda a olhou com preocupação.
Srta. Liliane, o Sr….
Dona Lucinda, não mencione ele. – Ela não queria ouvir o nome de William agora.
Sua atitude egoísta a assustava, fazendo–a desejar fugir.
Não é assim, Srta. Liliane. O Sr. William trouxe uma mulher para casa.
Um toque de escárnio passava por seus olhos.
Ele a havia questionado e humilhado quando outros homens se aproximavam dela.
O que ele queria agora?
Vingança?
Liliane já não tinha muito apetite, e agora, ela nem sequer queria comer.
–
Entendi, não vou descer. – Sua voz soou gélida.
–
– O Sr. William disse que você precisa descer… – Lucinda hesitou.
Liliane sorriu de forma irônica por
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Para não colocar Lucinda em uma situação difícil, ela tinha que descer.
Assim que entrou na sala de jantar, viu Mavis sorrindo enquanto colocava comida no prato de William.
– William, posso descascar os camarões para você?
Talvez tivesse ouvido os passos dela se aproximando, ele levantou o olhar.
Seu rosto estava sombrio ao ver Liliane e ele respondeu:
– Está bem.
Seguindo o olhar de William, Mavis também olhou para cima.
Ao ver Liliane, um brilho malicioso passou pelos olhos dela.
No segundo seguinte, ela se levantou e disse sorrindo:
– Secretária Liliane, que bom que você veio. Sente–se.
A voz de Mavis soava familiar, como se Liliane fosse a convidada e não a dona da`
casa.
Capítulo 20